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A FarOFFa nasceu em 2019 a partir de uma provocação da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo: a de que houvesse uma “cena off”, uma mostra que corresse em paralelo e fosse uma alternativa para o público e programadores.

 

Assim, a partir desta primeira provocação/experiência e nas que se seguiram, o conceito da FarOFFA foi se transformando no que ela é e o que não é: a FarOFFa não é um festival de teatro, nem uma mostra de dança, mas tem um pouco de tudo isso. O OFF, que compôs sua grafia, que estava na essência de seu conceito, também mudou, não nos cabe apenas um Off de uma grande Mostra, por isso em 2024 a Farofa volta em mais uma ação presencial, abandonando seu caráter OFF e abrindo mais espaço para aquilo que ainda não sabemos.

 

À parte às dúvidas, a FAROFA é, a cada vez, um mergulho em questionamentos sobre o olhar e o fazer nas artes cênicas, é, antes de mais nada, ações de aproximação, sejam elas quais forem. A cada edição ela surge das necessidades e urgências que a produção percebe e lê ao seu redor. Nosso olhar é a partir da produção. Neste momento, Farofa está em busca de construir  linguagem na produção das artes cênicas. Ela deseja colocar a produção como eixo central da discussão e resolução das questões que envolvem a criação, abrindo espaço para se pensar a distribuição, circulação e mediação das artes vivas com a sociedade. Em 2024, seguimos investigando o processo artístico, na busca de trazer foco para o que esta por trás da cena, e principalmente para o tempo, algo que nos tem sido roubado e vai fazendo cada vez mais falta!

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FarOFa do processo

A Farofa  (antes FarOFFa) ganhou novos contornos, por isso, o nome da mostra não inclui mais os dois “Fs”. A Farofa do Processo ocupou a cidade de São Paulo, com a apresentação de trabalhos em construção que apontam conexões, descobertas e provocações no campo das artes cênicas, além de espetáculos recentes. 

A Farofa do Processo define-se como um mergulho em questionamentos sobre o olhar e o fazer nas artes cênicas, em uma busca por desenvolver uma nova linguagem para a produção. Tudo isso acontece também por meio de ações de aproximação dos mais variados tipos: rodas de conversa, bate-papos, encontros com programadores, exposições, exibições de vídeos e mais.   

A ideia é aproveitar a oportunidade para debater com a sociedade questões relacionadas à criação, pensando também sobre a distribuição, a circulação e a mediação das artes vivas. E, por este motivo, a programação do evento é viva, modificando-se conforme a necessidade. “Movimento” é uma ideia que está colada à estrutura de pensamento da Farofa, desde seu primeiro ano, em 2020. 

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FarOFFa ZONA

Após experimentar diversos formatos, a farOFFa bate palma e pede com licença.

Nesta edição, nos propomos a alinhar nosso desejo em encontrar coletivas, artistas, produtores, espaços e iniciativas em diversas zonas da cidade.

Essa edição é sobre abrir a porta da nossa Kombi, a Joyce Sunshine, com uma garrafa de café, um bolo e estar junto, em diálogo com esses contextos. 

É sobre troca e construção coletiva: vamos trocando, oferecendo o que aprendemos durante os anos e aprendendo sobre essas corpas, fazeres e diversidade. Sul, Norte, Leste, Oeste, estamos chegando!

FarOFFa Processo

A FarOFFa do Processo reúne pesquisas que estão em estágios diferentes, dos primeiros ensaios às vias de estrear. Compartilhar os diversos momentos de uma criação, exige perspectivas muito diferentes – afinal, são artistas que vêm de escolas e caminhos muito distintos entre si.
O que importa para a nossa FarOFFa do Processo, é que a experimentação protagoniza o encontro.
Nesse sentido estamos colocando na mesa tudo que envolve um evento, um festival, um encontro. Mas sempre indagando como subverter as receitas tradicionais, ou seja, aquilo que é do jeito que já testamos.  
Como divulgar um encontro de processos? Não tem foto, não tem sinopse, nem ficha técnica, como fazer? Se o que vale é o produto e mal sabemos dos processos, como fazer valer esse “quase”? 
Como a FarOFFa é pensada por produtores, estamos sempre indagando os modos de produção vigentes e nosso principal interesse é destacar os pontos que compõem a cadeia de produção. Investigar, aprofundar e pensar sobre ela. 
FarOFFa do Processo deseja valorizar o tempo e o processo.Criar, distanciar, avaliar, pensar, jogar fora, questionar, criar de novo e assim por diante no movimento complexo que é a criação artística. Sem se ater a causas, efeitos e determinismos. 
Como produtores, percebemos que é o momento de mudar a lógica da eficiência de mercado. A FarOFFa do Processo e a seleção de artistas que a ocupam, desejam valorizar o estar no agora ao invés de correr rumo à estreia.
Se nesta edição vamos trazer para o centro do palco o processo e dar a ele o espaço que merece, acreditamos que isto não seria possível sem a troca – entre artistas, entre público e quem desejar estar junto. 
O público será convidado a assistir os processos e participar das trocas pós apresentação, com os artistas. Nesta troca de olhares e sensibilidades, acreditamos que a experiência se potencializa e o processo (de criar ou de assistir) ganha um novo escopo, ainda maior.

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Dispositivo FarOFFA

O Dispositivo Faroffa, foi a 5 edição da Faroffa, desta vez pensamos em como fazer para nos reencontrarmos?  Como fazer a re-aproximação entre artista e público? Com essas provocações imaginamos que deveríamos voltar para algo muito simples, e decidimos contar simplesmente uma história. Escolhemos as Histórias de Camille, do livro, Fique com o Problema, da escritora estadunidense Donna Haraway. Nesse texto Haraway, confabula sobre como seria a evolução, se humanos e não humanos estivessem juntos. Usamos essa possibilidade de outras conexões para reconectar os artistas com seu público. E no formato de um pra um, no quintal, na rua, no jardim ou na praça, um artista e um público se encontraram, para contar e ouvir o que Camille nos propõe para o futuro. 

Outro ponto que experimentamos nessa Faroffa, foi pedir que cada artista e cada público escolhessem quem seriam os artistas e públicos que receberam a caixa com as histórias de Camille, dessa forma, foram 25 artistas e 25 públicos que foram escolhidos pelos próprios participantes fazendo com que a ideia de curador único e absoluto, fosse explodida!

OcupAÇÃO Faroffa

A FarOFFa é um coletivo de produtores que, desde 2020, tem criado ações de aproximação entre pessoas, desejos e ideias. Nesta terceira edição da Faroffa - Ocupação Faroffa - durante quatro dias, cerca de 100 produtores, se reuniram no intuito de fazer emergir e circular conceitos, ideias e propostas (in)comuns. A fruição dos encontros, on-line, pois ainda estávamos em época de pandemia, se deu em dois espaços culturais virtuais: Portal MUD e na Plataforma Teatro. 

Nas salas online de reflexão, a dinâmica desta FarOFFa contempla, além dos produtores inscritos, os provocadores. Christine Greiner, Denise Ferreira da Silva, José Fernando Peixoto de Azevedo, Jota Mombaça, Leda Maria Martins e Valentina Desideri lançaram as provocações, propostas de pensamentos que  permearam temas como: creep epistemology, erro, falhas, o encanto e gambiarra.

Cada sala contou também com uma/um dramaturgista, que foi aprofundando as provocações lançadas, dialogando com os temas propostos e com as intersecções trazidas pelos produtores. Artistas e acadêmicos como Cynthia Margareth, Elisa Band, Fernanda Raquel, Ierê Papa e Rodrigo Monteiro foram os convidados para esta função na Ocupação FarOFFa. 

Essa edição foi toda dedicada aos produtores, a ideia principal foi criar espaço e tempo para que pudéssemos pensar e criar.

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FAroffA A MIL

FarOFFa atravessa fronteiras, cruza a Cordilheira dos Andes e chega em Santiago para participar do Platea 21, encontro internacional de programadores e profissionais das artes cênicas que faz parte da programação do Festival Santiago à mil.

A FarOFFa foi a representante do Brasil e apresentou o trabalho de 8 artistas criadoras:  ColetivA Ocupação (São Paulo), Flávia Pinheiro, (Pernambuco) Gabriela Carneiro da Cunha (Rio de Janeiro), Jussara Belchior  (Santa Catarina), Karin Serafim (Santa Catarina), Renata Carvalho (São Paulo), ultravioleta_s (São Paulo) e  Vanessa Nunes (Piauí).

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FAROFFA
CIRCUITO PARALELO DE ARTES

FarOFFa surge como uma proposição que busca ampliar o acesso do público às produções artísticas da capital, em suas diversidades de linguagens, temas e discursos, aproveitando a presença da MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo. 
O intuito foi trazer visibilidade aos inúmeros coletivos que produzem incansavelmente uma cena cultural vibrante e provocadora. E ainda criar novos modos de produção que fortaleçam a resistência da arte no Brasil. FarOFFa busca se constituir como uma experiência de gestão e um espaço coletivo de possibilidades para a divulgação e circulação de criações, ideias e encontros artísticos.
É o compartilhamento de experiências estéticas; a procura por diferentes modelos de gerir produções; a busca de um formato coletivo para viabilizar criações. Os espetáculos espalhados em diversos espaços da cidade criaram um circuito onde o público pôde ver diversos artistas em múltiplos espaços. FarOFFa é uma cena política. Não se trata apenas de apresentar espetáculos, mas de criar possibilidades de reunir diversas experiências artísticas a partir do olhar da produção.

FAroffA no SOFÁ

Nessa segunda edição da Faroffa, já em plena pandemia, nos debruçamos a pensar sobre a memória, uma vez que não era possível imaginar ainda o que seria o futuro das artes cênicas. Desta forma, mais importante do que manter a lógica de estreias incessantes – modo que o mercado artístico vem operando há tempos – a FarOFFa se debruçou em trajetórias, memória, contexto de criação de espetáculos, artistas, pesquisa e envolvimento intenso com a obra e com quem a criou. A partir desse modo de trabalho com as artes, um conceito surgiu: o da cuidadoria. Dois campos justificam esse olhar: o de programação e o de produção. Quem atua nos dois lados da mesma moeda sabe que o acompanhamento, o acolhimento, o cuidado e atenção às delicadezas da trajetória fazem a diferença no resultado final.
Nestas sessões, cerca de 40 obras recentes e nem tão recentes se misturaram numa amálgama de trajetória e furor. A iniciativa foi chamada de Kombi – Fragmentos de um imaginário tropical, e pode ser definida como um programa de aproximação entre profissionais das artes cênicas com o intuito de promover o encontro e abrir portas para novas parcerias, colaborações e maneiras de trabalhar.

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