BLACK MACHINE
FERNANDO LUFER E EUGÊNIO LIMA
15/03 > 14H
GALERIA FLÁVIO DE CARVALHO || FUNARTE SP
Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos
50min
TEATRO
Gratuito


PESSOAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO:
Fernando Lufer
Eugênio Lima
Dione Carlos
Iramaia Gongora
Áudio Transcrito
O nosso projeto Black Machine, tem como centro o embate entre o pensamento do psicanalista martinicano Frantz Fanon e com o personagem do Hamlet. Esse embate vai ocasionar tanto a queda do personagem clássico como também uma nova proposta de construção de uma outra possibilidade de Hamlet. Esse projeto está baseado na figura criada pelo Heiner Müller no Hamlet Máquina, e tem uma das coisas que a gente tá construindo isso, né? Que é assim, tendo em vista que o personagem de Shakespeare e a sua frase mais emblemática é o “Ser ou não ser, eis a questão” e isso é um marco no pensamento moderno, estamos tentando pensar na nossa visão contemporânea do mundo, como é que isso pode ser aplicado às pessoas racializadas, porque todas essas pessoas racializadas, estão na zona do não ser. Então esse embate entre a zona do ser, que é interditada para as pessoas racializadas, e a zona do não ser, que é onde elas habitam, né? E isso a partir de uma construção decolonial, de uma multiplicidade de linguagens, para a gente tentar adentrar nisso, que é fazer essa crítica do texto, fazer essa anti peça, basicamente é isso.
Bio:
Eugênio Lima: DJ, Diretor, Ator-MC, pesquisador da cultura afro-diaspórica, membro fundador do Núcleo Bartolomeu de depoimentos e da frente 3 de fevereiro e diretor do Coletivo Legítima defesa. Ganhador de inúmeros prêmios: prêmio Shell de teatro de melhor música 2020 por “Terror e miséria no terceiro milênio”; Prêmio Governador do Estado 2014 com o Núcleo Bartolomeu de depoimentos por “Antígona recortada: contos que cantam sobre pousos pássaros"; Prêmio Shell de teatro de melhor música 2006 por "Frátria amada brasil: pequeno compêndio de lendas urbanas” e prêmio do Coca Cola/Fensa 2004 de melhor música pela peça “Acordei que sonhava”. Tem um ampla atuação como curador em diversas áreas, dentre seus principais trabalhos de curadoria estão: Ciclo Lélia Gonzáles: uma intelectual amefricana – FLUP, a festa literária das periferias 2020; Dramaturgia negra: antologia brasileira de dramaturgia negra - Funarte São Paulo 2017; Legítima Defesa: poéticas-políticas à procura de um pouso - elaboração poética política da imagem da “negritude” - São Paulo 2017; Ciclo de debates internacional “discursos sobre o não dito" na MITsp Mostra Internacional de São Paulo 2017; Eixo reflexivo da ocupação Abdias Nascimento: cartografia e conferências performáticas, São Paulo 2016; Ciclo de debates internacional “discursos sobre o não dito" na MITsp mostra internacional de São Paulo 2016.
Fernando Lufer: Multiartista formado pela escola livre de teatro, cursou artes cênicas na universidade estadual de londrina e graduado em audiovisual na fundação armando Álvares Penteado - FAAP. Desde 2015, integra o coletivo Legítima Defesa, grupo de teatro e performance que aborda questões raciais e sociais no contexto mundial. No cinema, atuou no curta-metragem o gari, dirigido por Manuela Stein, no média-metragem Menarka, de May Manão e nos longas o novelo, de Cláudia Pinheiro – vencedor do prêmio de melhor filme pelo júri popular na 49a edição do Festival de Gramado/RS e recebendo menção honrosa pela sua participação –, e Pronto, falei, de Michel Tikhomiroff. Em 2023 integra o elenco da produção internacional The Penguin and the Fisherman, de David Schurmann. Na tv, faz parte do elenco da série empurrando com a barriga, dirigida por Daina Gianechinni, ainda sem previsão de estreia. Como roteirista, assinou o roteiro do documentário driblando fronteiras, que aborda a precariedade do futebol feminino de base no brasil; da websérie Mortalha (em pré-produção) e de Didascália, curta-metragem em fase de financiamento em que também assina a direção. Em 2021 foi um dos 40 selecionados para o laboratório de narrativas negras e indígenas para o audiovisual - FLUP + Rede Globo. Na direção, já realizou trabalhos para OSCS, dirigindo campanhas publicitárias, além de já ter dirigido vídeo performances e videoinstalações, como incômodo (2020). Atualmente, além de desenvolver projetos para o teatro e o audiovisual estuda história da arte na UNIFESP.