
ENTRE NAVALHAS E A ENCRUZILHADA
EBÓ DE XÙXÚ
14/03 > 20H
15/03 > 15H
GALPÃO RENÉE GUMIEL || FUNARTE SP
Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos
30min
TEATRO PERFORMANCE
Gratuito

PESSOAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO:
Myra Gomes
Tricka Carvalho
Mariê Olops
Obìnrin Ọdẹ
SAMURAI CRIA
daMata
Áudio Transcrito
Ebó de Xùxú é um grande alguidar com amores, desamores, as nossas disforias e também as nossas dores ali sendo despachadas em uma grande encruzilhada. A encruzilhada é o ponto de partida, de Ebó de Xùxú, onde três travestis que estão em cena invocam a presença de nossas ancestrais, sobretudo de Maria Navalha, que é uma transcestral, catimbozeira que viveu ali pelas bandas do Recife Antigo, se encantou e hoje é mestra juremeira e que está presente em uma dessas travestis, ali, naquela encruzilhada. Então, Maria Navalha, com as outras travestis, vão para as encruzilhadas de 1980, levando o público a resgatar as memórias e as navalhas que eram usadas pelas nossas transcestrais, como um objeto de defesa, mas também um objeto de automutilação.
Esse é o fio condutor desse espetáculo, performance, que está com a sua dramaturgia, sendo pesquisada em processo e que vai ser o disparador para as performances que vão acontecer dessas travestis. Cada travesti faz uma performance do seu ebó, do ebó que quer despachar naquele momento, sobre as coisas que estão ali dentro, sendo colocado tudo dentro de um alguidar, com muita navalha, deixado em uma encruzilhada.
Bio:
O coletivo “Ebó de Xùxú” nasceu em maio de 2023. Idealizado e fundado pela multiartista Myra Gomes, pesquisadora sobre a transcestralidade, busca compreender a correlação entre como amores, dores, disforias e desamores atravessam múltiplas gerações tendo como recorte corpos trans e travestis - que são uma instalação viva e em movimento. Em 2023, apresentou a instalação cênica “Ebó de Xùxú- Destrava Encruzylhadaz” e o curta-metragem “Ebó de Xùxú - O Filme”, ganhador do Prêmio Unicórnio de Ouro - Troféu Afronte, da Quinta Transforma Festival de Cinema de Diversidade de Santa Catarina. Em 2024, a convite do SENAC Lapa Scipião, participou da instalação fotográfica e performance “Ebó de Xùxú”, na 17ª Mostra de Teatro, com a participação dos estudantes de Fotografia da unidade. No mesmo ano, apresentou a performance “Ebó de Xùxú - Despachando meu Xùxú na Encruzilhada”, no SESC Pompeia. Atualmente, em constante aprofundamento, somada às parcerias que sua pesquisa iniciática gestou, compreendeu-se em grupo pesquisando a transcestralidade por meio da coligação com religiões afro-brasileiras e afro-indígenas, especificamente o Candomblé e a Jurema Preta, onde desenvolvem seu primeiro trabalho de teatro-performativo “Entre Navalhas e a Encruzilhada”, em processo.