
EXPERIMENTO CYBORG MULHER-PLANTA-MÁQUINA
“TRANSLÚCIDA / BRUTA”
15/03 > 20H
16/03 > 11H
GALPÃO RENÉE GUMIEL || FUNARTE SP
Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos
80min
DANÇA
Gratuito
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PESSOAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO:
Carolina Sudati a.k.a. Translúcida Bruta + José Bárrickelo + Serginho Batera
+ Leo Ceolin + interlocução com o ecólogo vegetal João Godoy e imagens de Mayra Azzi
Áudio Transcrito
O Experimento Ciborgue Mulher-Planta-Máquina é uma exploração, onde a gente mergulha em um sonho delirante de que é possível mudar de espécie e esse sonho delirante ele acontece através de uma incorporação de extensões do corpo, de próteses, de dispositivos, que são um híbrido de vegetal com metal.
Esses vegetais, são principalmente cheios de epífitas, que são espécies de plantas que são muito resistentes, tem uma grande capacidade de sobrevivência e eles criam uma capacidade biônica no corpo, mas é uma bionicidade que ela é de capacidade de percepção, é um aumento perceptivo, então é um aumento perceptivo no sentido de ser mais atenta, acolhedora, afetiva. E essas extensões elas também têm a condição, pré condição, de ser feitas pela pessoa que dança, pela pessoa que opera, elas são sonhadas, criadas, manufaturadas pela pessoa que dança como uma capacidade de ato de feitiço, de que é possível, a pessoa, que faz esse ato, adquirir essa capacidade de percepção ampliada.
Ela também veio de um encontro com uma planta que tinha suas próprias próteses, da observação das plantas que são resistentes, que sobrevivem muito facilmente no concreto, ela evoca essa força da gente conseguir se conectar com seres e dimensões que não são só humanas também, de a gente atravessar esse processo que a gente vive muito marcado pelo antropocentrismo. E também de recondicionar esse olhar, é através do biodesign que isso acontece, onde o mínimo de esforço, de resistência, é o que é escolhido.
Bio:
Carolina Sudati a.k.a. Translúcida Bruta
é uma artista brasileira da dança e da performance que investiga a relação entre corpo e dispositivos vestíveis, interessada na conversão de limitações psico-emocionais em expansões de movimento. A criação sucessiva de devires femininos está presente nos projetos Noiva (2011), Mosca-Branca (2016), Ave ou Penas (2017), SUCESSO estudo para o fracasso (2017), Experimento Cyborg Mulher-Planta-Máquina (2018), Perfeita e a Corrida do Ouro (2021) e Ex-Babilônias (2023) onde são investigadas constanteente as rupturas e a reconexão com o ritmo e o entorno natural na intersecção território.prótese.corpo.
Junto a artistas associadxs, especialmente o artista visual e designer Leo Ceolin, o multi-instrumentista Jose Bárrickelo e com a fotógrafa Mayra Azzi cria performances-instalações, vídeoperformances e dispositivos vestíveis em diferentes contextos e fomentos como a ACCC, Arte Serrinha, Mas Els Igols, Sesc, FCD, MinC, ProAc, Dedica-se cada vez mais ao estudo das ecologias obscuras que emergiu de processos de hackeamento vegetal e manifestações matéricas ligadas ao minério, neoextrativismo e ao pós-industrialismo e à investigação através dos meios artísticos com parâmetros específicos que incluem práticas de transe e expansão da consciência. Compartilha seus processos através de laboratórios que partem do levantamento do campo sutil de coletivos e comunidades convertidos em manufaturas de vestíveis brutos, gerando danças e ações performativas. Desde o final de 2019 tem intensificado a criação em território e em contato com as comunidades que nele residem onde instaura um trânsito entre a zona rural de Piracaia e Bragança Paulista e o espaço urbano da megalópole São Paulo. Integra a plataforma sul-americana Observatorio de la Agonia junto as artistas Luis Carvolan (CH), Mecha Mio (AR) e Cristian Espinosa (CH).