
PRELÚDIO
GRUPO RUÍDO DE TEATRO
17/03 > 12H
18/03 > 17H
GALPÃO CARLOS MIRANDA || FUNARTE SP
GALPÃO RENÉE GUMIEL || FUNARTE SP
Alameda Nothmann, 1058 - Campos Elíseos
50min
TEATRO
Gratuito

PESSOAS ENVOLVIDAS NO PROCESSO
Dany Fontana
Gabi Gomes
Daiane Gomes
Ro Albuquerque
Danielle Meireles
Clau Carmo
Diogo Granato
Deborah Ramiris
Àudio Transcrito
O coletivo é composto por artistas que transitam entre o teatro, a fotografia e o cinema. Começamos as pesquisas há um ano e oito meses, pela necessidade de falarmos desse delírio que estamos vivendo, utilizamos como livre inspiração o romance Eles Eram Muitos Cavalos, de Luiz Ruffato.
Nessa obra, o autor utiliza diversos recursos linguísticos para descrever, o que seria um dia, nessa grande metrópole que é São Paulo. O autor quebra a escrita convencional ao nos trazer pontos de vistas sensoriais e não lineares. Essa polifonia da obra nos conduziu para uma linguagem que flerta com a espacialidade não convencional, ambientações sonoras, personagens distópicas e sobretudo, um olhar crítico acerca do que foi os anos 2000, principalmente a virada do ano, quando achávamos que o mundo iria acabar.
A ideia central é como alguém dos anos 2000 poderia olhar para essa realidade distópica contemporânea que enfrentamos em 2025? Tudo tendo como base o híbrido, teatro e cinema. Para a mostra, a proposta é trazer alguns desses fragmentos.
Bio:
Atuando de maneira independente há 1 ano e 8 meses, o coletivo realiza seus ensaios na sede do espaço Vila Liah, no bairro Cambuci, São Paulo, tendo também passado por Campo Limpo Paulista e São Caetano do Sul.
O processo de criação começou com Gabriela Gomes, Daiane Gomes e Daniela Fontana, adotando um modelo colaborativo no qual, a cada encontro, uma das integrantes assumia a condução, propondo exercícios de criação e improvisação. Desde o começo, o trabalho flertava com o absurdo e dialogava profundamente com Samuel Beckett, explorando a desconstrução da lógica e da linguagem do pós-fim.
A trajetória das participantes levou o coletivo a uma pesquisa contínua sobre a fusão entre teatro e cinema, não apenas no uso de projeções fílmicas, mas na apropriação de efeitos e recursos audiovisuais diretamente no espaço cênico e na encenação.
Com a chegada de Rô Albuquerque à direção, o grupo passou a dialogar com a obra Eles Eram Muitos Cavalos, de Luiz Rufatto, aprofundando a pesquisa na linguagem da desconstrução aplicada à polifonia. A partir daí, livremente inspiradas na obra, o levantamento de cenas passou a dialogar com conteúdos e estéticas trazidos nos contos, inclusive com a premissa dramatúrgica de todas as ânsias e acontecimentos partirem da vivência de um único dia.
Neste momento, o grupo tem se debruçado no desenvolvimento de uma estética que abarque as áreas de pesquisa mencionadas, além da construção da linha narrativa que desenhará os acontecimentos dessa trama.